segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Entre espinhos e pétalas

Várias foram as estradas por onde passeipra chegar onde cheguei.E não vou parar...Tenho muito que andar.Feri meus pés em espinhose os esfacelei nas pedras;também os reguei de carinhoscaminhando sobre pétalas.
Caí e me levantei.
Em tempos escuros me desviei.Percorri outros caminhos. Desnorteei!Retrocedi. Parei. Olhei pro chão. Desanimei.Ergui a cabeça e abri os olhos...Consegui vê-las!Mostraram-me o caminho, as estrelas.
E um brilho intenso livrou-me da cegueira.
A ponte podre me levou ao fundo;senti que ia se acabar o mundo...Usei todas as forças, até as que me impus,as que recriei...E vi no fim do túnel surgir aquela luz...
Segui-a firmemente, até que me repus.
Várias foram as lutas que me derrubaram;muitas as vitórias que me levantaram.Planos que não deram certo,enganos descobertos,afetos, desafetos,amores encobertos,oásis no meio dos desertos...
Enfim, hoje, estou aqui.
Parei pra descansar, mas não estacionar.A vida é como um rio;morre se não chega ao mar,que o espera, submisso,abaixo de seu nívelfacilitando-lhe passar.
É crer sem ver, ou desacreditar.
Durante as caminhadasencontram-se gravadasas grandezas da vida,que muitas vezespassam despercebidas.Só quem as percebe,mesmo sorrindo ou sofrendo,pode bater no peito, clamando:
-Estou vivendo!

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